MP denuncia cooperativa por fraude

Depois de investigar longamente, o Ministério Público da Bahia denunciou 11 pessoas por falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Elas teriam montado um esquema de fraudes com licitações e superfaturamento de contratos da Coofsaúde Cooperativa de Trabalho com a prefeitura de Feira de Santana.

O esquema foi alvo da Operação Pityocampa, em 18 de dezembro, e resultou em uma quantidade de provas suficiente para a Justiça acatar o pedido de prisão preventiva feito pelo MP. Os promotores explicam que a Coofsaúde “inflava artificialmente, sob rubricas diversas, os seus custos operacionais diretos e indiretos".

Com isso, ela maquiava os lucros e justificava o valor superfaturado. A cooperativa recebeu, entre 2009 e 2018, cerca de R$ 285,6 milhões do Fundo Municipal de Saúde e da Fundação Hospitalar de Feira de Santana. O MP estima o superfaturamento em R$ 71,6 milhões, baseado em auditoria da Controladoria Geral da União (CGU).

Foram denunciados o fundador da Coofsaude, Haroldo Mardem Dourado Casaes, que chefiava o esquema, segundo o MP; o empresário Salomão Abud do Valle, que criou empresas de fachada para lavar o dinheiro; o dentista Helton Marzon Dourado Casaes, irmão de Haroldo e tido como sócio oculto da quadrilha.

Ele seria o responsável por montar uma rede de “laranjas”. Também foram denunciados o contador Robson Xavier de Oliveira, Cléber de Oliveira Reis, Januário do Amor Divino, Rogério Luciano Dantas Pina, Diego Januário Figueiredo da Silva, Aberaldo Rodrigues Figueiredo, Fernando de Argollo Nobre Filho e Everaldo Lopes Santana.

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