Itacaré festeja 287 anos com festa
Itacaré vai comemorar, no dia 26, seus 287 anos de emancipação política. Para marcar a data a Prefeitura de Itacaré programou uma festa com alvorada, missa, a tradicional lavagem da Rua 26 de Janeiro, feira da agricultura familiar e apresentações culturais.
Os festejos vão contar com shows na Rua 28 de Janeiro (Marimbondo), que também comemora aniversário nessa data, contando com as bandas Fabrício Pancadinha, Emílio Tropa, Samba da Porra e JP no Capricho. A festa terá ainda o Rixó Elétrico, que tocará músicas que fizeram a história dos grandes carnavais.
Os festejos começam às 5 horas com a alvorada, seguida do tradicional mingau. Às 8 horas, será celebrada a missa festiva na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo. Às 10 horas será a vez da lavagem da Rua 26 de Janeiro, com o cortejo das baianas, e ao meio dia será servido um caruru para a comunidade.
Durante todo o dia acontece a ExpoFeira Itacaré 2019, com produtos de agricultura familiar, na Praça São Miguel, encerrando as atividades com o desfile de fanfarras pela orla. À tarde, na Rua 26 de Janeiro, há apresentação de grupos de capoeira, maracatu, a Volta da Jiboia e Samba de Roda, além de grupos de dança.
Às 19 horas, a festa será dos "paredões" e em seguida os shows. O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, destacou que o município vem atravessando um momento de transformações, com obras, fortalecimento do turismo e da agricultura familiar.
Itacaré surgiu de uma aldeia de índios Tupiniquins com a chegada dos europeus, em 1530. Por volta de 1718, o jesuíta Luis da Grã construiu a Igreja de São Miguel, às margens do Rio de Contas, quando então o povoado passou a se chamar São Miguel da Barra do Rio de Contas.
Foi elevada a Município em 26 de janeiro de 1732, por ordem da Condessa do Resende, Dona Maria Athaíde e Castro, donatária da capitania de Ilhéus, sendo nomeada Itacaré somente em 1931. O primeiro intendente foi Joaquim Vieira dos Santos (de 1890 a 1893).
Seu desenvolvimento, marcado entre 1890 e 1940, baseou-se no cultivo do cacau e como principal porto de escoamento do produto. São desta época os casarões coloniais, construídos pelos ricos “coronéis”. O declínio teve início com o assoreamento da barra do Rio de Contas, quando seu porto foi transferido para Ilhéus.
Foi agravado pela forte crise econômica gerada pela quebra da bolsa de 1929 e consolidou-se, anos mais tarde, quando a praga “vassoura de bruxa” dizimou as lavouras de cacau da região. Com o declínio da economia cacaueira, Itacaré ficou esquecida.
Anos mais tarde, foi redescoberta por surfistas aventureiros em busca das boas ondas. Em 1998, a conclusão da Estrada Parque BA-001 Ilhéus - Itacaré facilitou o acesso e possibilitou que Itacaré se tornasse um destino turístico muito procurado. Hoje, é um dos destinos turísticos mais visitados do País.