Fim de contrato irrita professores
Continua no ar a ameaça de suspensão do contrato firmado há cerca de 50 anos entre a Prefeitura de Itabuna e o Colégio Sesquicentenário (Ciso). Um grupo de vereadores está acompanhando o reordenamento na rede municipal de ensino e a questão do Ciso. Agora, o prefeito quer reavaliar o tema em reunião na segunda-feira.
As mudanças na rede começaram no início de 2019 e afetam, principalmente, estudantes de bairros como Fátima, Califórnia, Parque Boa Vista que estavam matriculados no Ciso. A secretária de Educação de Itabuna, Nilmecy Gonçalves, avisou à direção do colégio que a Prefeitura vai romper o convênio do ensino Fundamental.
Segundo a secretária, a decisão de rompimento com o Ciso se deu pela necessidade de “otimizar os espaços públicos e reduzir as despesas”. A estratégia é investir no Instituto Municipal de Educação Aziz Maron (IMEAM), maior escola municipal há 40 anos e onde teriam 17 salas ociosas, suficientes para os 900 alunos hoje no CISO.
Além disso, com o fim do convênio, cerca de R$ 130 mil por ano com aluguel e R$ 11.500 com gastos de energia seriam economizados. Há inconformismo de representantes do Conselho Municipal de Educação e do sindicato dos professores.
A presidente Carminha Oliveira diz que, apesar de compreender os motivos do reordenamento, acha que o município deve lembrar dos direitos dos 70 profissionais que atuam no Ciso e criar condições para que os alunos transferidos estudem sem prejuízo.