Exportações baianas foram positivas
As exportações da Bahia fecharam 2018 com vendas de US$ 8,8 bilhões, um crescimento de 9,1% sobre 2017, de acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI). Um dos motivos foi o fortalecimento da China como principal parceiro da Bahia, resultado do conflito comercial deles com os EUA.
Também ocorreu uma trajetória de preços mais favoráveis, que resultou em uma valorização média de 6% na pauta, comparada ao ano anterior, além de nova expansão da produção agrícola estimada em 17%. Foi o melhor resultado para as exportações baianas desde 2014.
Já as importações cresceram cerca de 10%, alcançando US$ 7,92 bilhões, sinalizando um maior dinamismo da economia, apesar da ainda frágil recuperação da atividade industrial. Em dezembro, as exportações alcançaram US$ 959,6 milhões, superando em 46,9% o resultado obtido em dezembro do ano anterior.
Foi o melhor resultado para o mês desde 2012, com destaque para as vendas de soja, algodão, celulose e derivados de petróleo. A China avançou sua fatia nas exportações baianas de 26,4% em 2017 para 32,8% em 2018, seguido pela União Européia com participação de 18,4%, os EUA com 11,2% e o Mercosul com 10,3%.
A exportação para os chineses somou US$ 2,9 bilhões no ano passado, com crescimento de 35,3% na comparação com o ano anterior, numa variação bem acima dos 9,1% de alta nos embarques totais da Bahia. Já para a UE, EUA e Mercosul, as vendas recuaram 6,2%, 8,7% e 14%, respectivamente.
A venda de produtos básicos foi puxada pelo complexo soja, com alta de 35%. As exportações do setor, principal item da pauta baiana, foram ajudadas pelas tensões comerciais e bateram recorde em quantidade e valor. Isso porque a China impôs em julho tarifa de 25% sobre a soja dos EUA.
A medida abriu caminho para aquisição de mais grãos do Brasil. A Bahia, como sexto maior produtor nacional, foi beneficiado. No geral, a exportação baiana da oleaginosa chegou a 5,12 milhões de toneladas e as receitas chegaram a US$ 1,98 bilhão em 2018.
As vendas do agronegócio baiano subiram 16,7%, para US$ 4,48 bilhões, com destaque para soja, celulose e algodão. O setor fechou o ano representando 50,9% do total das vendas externas do estado, batendo o recorde histórico.