Estatais inúteis serão liquidadas
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, antecipou nesta terça, antes de participar da segunda reunião ministerial, no Palácio do Planalto, que há projeções para privatizar ou liquidar cerca de 100 estatais, incluindo subsidiárias do Banco do Brasil, BNDES e Petrobras. A meta é reduzir gastos e levantar recursos.
Segundo o ministro, as privatizações podem ocorrer nos próximos meses. Ele não detalhou os planos, mas afirmou que serão seguidos os critérios funcionais. “Obviamente, a gente está falando não só de privatizações, mas também de liquidação de empresas que não fazem mais sentido".
"As liquidações vão desonerar o orçamento e vai sobrando dinheiro para investir em outras prioridades,” disse o ministros em entrevista à rádio CBN. Tarcísio Freitas disse que reforçará as negociações com a iniciativa privada para buscar investimentos em infraestrutura e priorizar outros gastos com recursos públicos.
“Não há mais recurso fiscal. Para prover infraestrutura, vamos ter que contar muito com a iniciativa privada, por isso, nosso foco nas concessões, nas parcerias publico-privadas”. Para o ministro, o país precisa desenvolver bons projetos para atrair investimentos estrangeiros com estoque de capital.
“A gente tem que mostrar que nossos projetos são bons, que vão dar boa taxa de retorno e estão endereçando corretamente os riscos. Há que se afastar o risco de insolvência do país, portanto, a questão fiscal e a reforma da Previdência são muito importantes”, reiterou.
De acordo com o ministro, há planos definidos para ferrovias e setor portuário e metas para recuperação da malha rodoviária. Ele lembrou que a construção e manutenção da infraestrutura viária tem um alto custo e que parte dessa responsabilidade pode ser passada para o setor privado se houver compatibilidade comercial.
“Tenho que pegar todos os trechos passíveis de exploração pela iniciativa privada. Isso vai fazer com que, na área da concessão, a gente disponibilize para a iniciativa privada quase 9 mil quilômetros de rodovias”, disse. Segundo ele, desse total, 5,6 mil quilômetros seriam novas concessões. (Abr)