Cuidado com o aedes no verão
Frequentes e cada vez mais intensas, as chuvas de Verão aumentam os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika. Especialistas da Central Nacional Unimed alertam para a importância de intensificar os cuidados com o combate ao mosquito.
Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em 2018 foram registrados 8.760 casos suspeitos de dengue, 4.080 de chikungunya e 1.296 de zika. Evitar o acúmulo de água é uma medida eficaz para a prevenção dessas doenças.
Qualquer local pode se tornar criadouro do mosquito, uma vez que a fêmea deposita os ovos e depois os distribui por diversos outros locais. Porém, o risco maior está no acúmulo de água em calhas, pneus, vasos e garrafas com água parada e limpa.
“A reprodução do mosquito é rápida, leva aproximadamente uma semana, o que colabora para o aumento no número de casos”, alerta o médico de família e comunidade, Marlon Chagas Magalhães, da clínica de Atenção Integral à Saúde da Central Nacional Unimed em Salvador.
Ele explica que, no longo prazo, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti podem trazer consequências graves, a exemplo de dores incapacitantes, microcefalia em bebês e até mesmo a morte. Por isso o combate ao mosquito é a forma mais eficiente de prevenção.
“Cada doença se manifesta de forma diferente. É recomendável ficar alerta para alguns sintomas (febre alta, dor de cabeça, dores pelo corpo, indisposição, dores nas articulações, náuseas, manchas na pele, vermelhidão nos olhos) e procurar um médico”.
Dicas para evitar focos
Objetos com bordas ou buracos que acumulam água devem ser lavados toda semana com sabão e bucha. Os possíveis focos do mosquito - pratinhos dos vasos de plantas – devem ser preenchidos com areia ou cobertos com lonas bem esticadas, para evitar a formação de poças.
As larvas do Aedes aegypti devem ser descartadas na terra ou no chão seco, já que elas precisam da água para se desenvolver. Produtos de limpeza, como sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina, podem ser usados para limpar recipientes com larvas.
A água sanitária também é uma opção para limpar os objetos e criadouros potenciais, porém o produto não é recomendado para potes que são de uso doméstico ou animal, uma vez que qualquer resíduo faz mal ao organismo.
Para garantir que a casa esteja sempre protegida, é necessário fazer inspeção periódica. Recipientes que podem acumular água devem ser guardados de cabeça para baixo. Esse tipo de cuidado é fundamental, porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.