47% dos demitidos eram da Educação

A demissão de centenas de servidores municipais de Ilhéus, com mais de 34 anos de serviço público, feita por decreto pelo prefeito Mário Alexandre, prejudicou a área da Educação. Dos demitidos, admitidos entre 1983 e 1988, 47% são da Educação, sendo 100 professores e 25 profissionais da área.

Embora tenha escolhido demitir trabalhadores com contratos de trabalho, o prefeito manteve centenas de contratos temporários na Educação. O presidente da APPI\APLB, Osman Nogueira (foto), disse que o ano letivo na rede municipal não será iniciado no total das escolas, como deveria.

Na tentativa de preencher essa lacuna, o governo municipal faz, às pressas, uma seleção para novos temporários no setor, quando poderia ter convocado os aprovados no último concurso, de 2016. “As pessoas contratadas na seleção serão utilizadas na reserva de carga horária. Vai ter dificuldade no ano letivo".

Na opinião de Nogueira, a decisão do prefeito foi perseguição. “Claro que foi perseguição, principalmente porque grande parte dos professores fez adesão ao PDV (Programa de Desligamento Voluntário), proposto pelo próprio prefeito. Precisamos rever na Justiça todas essas atitudes do prefeito Mário Alexandre".

Nogueira questiona "porque o prefeito demite trabalhadores que entraram legalmente no serviço público e decide fazer contratações temporárias, sendo que os 336 contratos de seleção que atualmente existem na secretaria de Educação ele ainda não demitiu".

“Demite 100 professores contratados de forma legal, com 33 anos de serviço, e cria uma reserva temporária. Estamos muito preocupados com isso, o que já demonstra um desgoverno. Com essas contradições, o prefeito demonstra despreparo perante a gestão".

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