Reforma de Rui é falsa, diz oposição

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia estranhou a matemática do governador Rui Costa, que anunciou um corte de 1.800 cargos comissionados alegando que o estado está em crise. O problema é que ele vai criar 1.615 novos cargos em comissão.

Na sessão desta quinta, a oposição conseguiu adiar a votação de propostas do que chama de “pacote de maldades” de Rui Costa (PT). A estratégia oposicionista foi a de prolongar o debate e buscar mais explicações do Governo, em relação a questões que apresentam controvérsias.

Segundo o líder da bancada, Luciano Ribeiro (DEM), o governador precisa esclarecer a extinção de 1.834 cargos e a criação de 1.615, mais 6 no Quadro Especial da Casa Civil, resultando na redução de apenas 213 postos na administração estadual. Todos DAI-6, com salário de R$ 788,06.

Além desses, podem ser extintos 212 cargos da Conder, que o governo propõe fechar. “A reforma administrativa do governador apresenta incoerências, quando propõe extinguir cargos, criar outros e ainda aumentar o salário de alguns. Tudo isso está sendo colocado sem nenhuma clareza".

"É preciso que essas questões sejam mais debatidas e que a população saiba o que está acontecendo, pois o governador se elegeu dizendo em sua propaganda que o estado da Bahia estava às mil maravilhas e agora vemos que isso era apenas um discurso eleitoreiro”, criticou.

A oposição apresentou emendas para que sejam suprimidas da reforma a extinção da Conder e a não redução da contribuição do Planserv. Em outra emenda, pede que o Governo retire o artigo que aumenta a alíquota de contribuição do Funprev de 12% para 14% e a criação de taxas no transporte.

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