PF faz operação no sul da Bahia

Treze mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca foram cumpridos pela Polícia Federal em diversas cidades baianas, dentre as quais Aurelino Leal, Camamu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Ituberá, Santo Antônio de Jesus, Ubaitaba e Ubatã.

Cerca de 115 policiais federais e mais 24 auditores da Controladoria Geral da União participaram da ação. Segundo informações não oficiais, entre os alvos dos mandados de prisão estão empresários de Itabuna, acusados de fraudar licitações em várias prefeituras.

A quadrilha exigia propina das outras empresas para que desistisse ou combinava preços. Os acusados não tinham intenção de vencer as licitações, apenas criar dificuldades para receber propinas e desistir.

As Operações Sombra e Escuridão e Elymas Magus foram realizadas para desarticular duas organizações criminosas especializadas em fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, que atuavam em diversos municípios do sul da Bahia.

As investigações referentes à Operação Sombra e Escuridão tiveram início há pouco mais de um ano. As suspeitas envolviam os sócios de duas empresas sediadas em Igrapiúna que participaram de licitações, receberam pagamentos de diversos municípios, mas seus donos eram beneficiários do Bolsa Família.

Logo se constatou tratar-se de organização criminosa bem estruturada, que operava com pelo menos quatro empresas em nome de laranjas. Por meio dos levantamentos foi possível comprovar que essas empresas não possuíam a mínima capacidade para a execução dos serviços e obras contratadas.

Eles eram terceirizados com a cobrança de um percentual sobre o valor pago. Muitas obras não foram concluídas, a exemplo de creches, unidades básicas de saúde e quadras de esportes. Foi possível identificar, também, que uma outra organização criminosa, com liderança e integrantes diversos, agia em conluio com a primeira.

Justas, fraudavam licitações em prefeituras. Tal descoberta deu origem à segunda operação, Elymas Magus, na qual se verificou que essa outra organização atuava de forma a tumultuar os processos licitatórios.

Conforme apurado pela CGU, os valores repassados pelas prefeituras às empresas investigadas, entre 2015 e 2017, chegam a R$ 34 milhões. Os investigados responderão por organização criminosa, fraude em licitação, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa.

A Prefeitura de Ilhéus admitiu que houve busca e apreensão de documentos relacionados a processos de licitações nos quais a polícia entendeu que poderia ter havido atuação das empresas investigadas.

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