Prefeito fecha Restaurante Popular
Depois de fazer carnaval antecipado e festa de São Pedro com gastos elevados, o prefeito de Itabuna mandou fechar o Restaurante Popular, construído com verba federal e funcionando na cidade há mais de 10 anos.
As atividades serão encerradas nesta quarta-feira, 31, depois de a Prefeitura rescindir o contrato com a Pupo Restaurante e Cozinha Industrial Ltda, que gerenciava a unidade desde 2016, ainda no governo de Claudevane Leite.
O decreto usa o discurso usual, de "dificuldades financeiras e orçamentarias" que têm "comprometido o pagamento e manutenção dos contratos já celebrados". Cuma alega que teve que fechar o Restaurante Popular para poder pagar os salários dos servidores.
Pelo exposto no decreto, manter o Restaurante Popular ameaçaria "serviços públicos essenciais, tais como saúde, educação, limpeza urbana e assistência social". As contas são estanhas. Segundo a própria Prefeitura, o RP servia 1.000 refeições por dia, 5 dias por semana.
Como cada uma é vendida a R$ 3, o saldo no final do mês seria de R$ 60 mil. A Pupo, segundo o Termo Aditivo da Concorrência 001/2016, feito no ano passado, recebe R$ 44 mil por mês para prestar o serviço. Mesmo com custos de aluguel, o RP não parece ameaçar as contas da Prefeitura.
No início de sua gestão, o prefeito já havia fechado o Restaurante Popular do bairro de Fátima.