Grupo fraudava transporte escolar
A Justiça Federal de Eunápolis recebeu uma denúncia resultante de investigações da Operação Gênesis, deflagrada em agosto de 2017 pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União.
De acordo com a ação do MPF, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa que atuava em fraudes a licitações e no desvio de recursos públicos destinados ao transporte escolar de Porto Seguro.
A quadrilha falsificava documentos e corrompia agentes públicos, incluindo os prefeitos de Porto Seguro e Eunápolis. O valor desviado foi de, no mínimo, R$ 16 milhões provenientes do Fundeb, com complementação da União e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar, desde 2013.
A Coletivos União venceu o Pregão Presencial para o transporte escolar, mas foi a única concorrente. A empresa é administrada pelo filho, esposa e o próprio servidor responsável pela fiscalização do contrato, João Batista Pires Caires.
Como agravante, não possuía o número de veículos necessários para o serviço, segundo o MPF. Ele diz que o dinheiro desviado foi para contas do líder do esquema, Zé Filho, e seus familiares, comprovado após quebra de sigilo bancário, buscas e apreensões.
O MPF denunciou José Ribeiro de Almeida Filho, Roberto Magno Cordeiro, Roberto Magno Cordeiro Júnior, Jhonatan Pacanha Pires Caires, Thiago Guimarães Marim, Raphael Guimarães Marim, João Batista Pires Caires, Diva Antônia Pacanha Caires, Caroline Lima Almeida Caires, mais quatro pessoas.