Alunos de Itabuna estão sem aula

Itabuna tem 18 mil alunos na rede municipal, porém nenhum deles está nas salas recebendo aulas. Elas foram suspensas pelos professores, que entraram na greve anunciada na semana passada. Um dos motivos é o constante atraso nos salários.

Os atrasos vêm desde o início do ano e estão crescendo a cada mês. Mas não são a única razão para a greve. A outra é a imposição, por parte da Prefeitura, da mudança de regime trabalhista de celetista para estatutário sem resguardar direitos.

O projeto de lei foi enviado para a Câmara aprovar e isso só não ocorreu pela denúncia feita pelos professores e a imprensa sobre pontos da lei danosos para os servidores municipais. O prefeito tem a maioria dos vereadores, todos com cargos na administração.

A resistência da minoria e a pressão da imprensa e dos servidores impediram a aprovação fácil. Várias emendas foram acrescentadas, porém as mais importantes para os servidores ficaram de fora. A Câmara tentou aprovar na sexta, mas houve confusão e a votação foi adiada.

O Sindicato do Magistério Público Municipal de Itabuna afirma que o projeto do prefeito Fernando Gomes elimina direitos e não inclui um Plano de Cargos e Carreira. O projeto deve ser votado nesta terça (4), às 14h, se não houver protesto.

Em nota oficial sobre a greve dos professores, a secretária de Educação, Nilmecy Santos Gonçalves, afirma que as escolas ficarão abertas, exceto se houver riscos para os profissionais; que não se furta "dos" debates e "das escutas" das ideias.

A nota escrita pela secretária, que é professora, chama a atenção pela prolixidade e construções erradas ou bizarras, como "outros sujeitos alheios", "o direito dos professores de buscarem", "situações de perigos", "situação de oferta de aulas", "contudo, todavia, porém" e o uso errado do verbo preponderar.

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