Saldo do PT é trágico na infância
Um estudo inédito apresentado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, mostra que seis em cada dez crianças no Brasil vivem na pobreza. Depois de 13 anos de governos de Lula e Dilma (PT), que alegavam ser "sociais", a situação só piorou.
Com dados de 2015, o levantamento mostra que entre as crianças brasileiras que vivem na pobreza, seja por privação de renda ou de direitos, 13,9 mil não têm acesso a nenhum dos 6 direitos analisados pelo estudo e estão completamente à margem de políticas públicas.
Segundo o coordenador de Políticas de Qualidade para a Infância do Unicef no Brasil, Mário Volpi, essas crianças e adolescentes têm até 17 anos e são monetariamente pobres ou estão privadas de direitos, como educação, saneamento e moradia.
“A pobreza, na infância, é mais ampla do que simplesmente renda. O Unicef analisou a situação da educação, da informação, da moradia, do trabalho infantil, do saneamento e da água. E constatou que seis em cada dez crianças vivem no país algum tipo de privação.”
O estudo foi feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad, e mostra que 18 milhões de meninas e meninos, ou seja, 34,3% do total, vivem com menos de R$ 346 por mês na zona urbana e R$ 269 na zona rural.
Os dados apontam que o acesso aos direitos varia, entre outros fatores, com o local onde moram e a cor da pele. As regiões Norte e Nordeste aparecem com os maiores índices de privação de direitos, com exceção de moradia, em que a região Sudeste lidera.
Por conta disso, o porta-voz do Unicef faz um pedido público para as autoridades. “O Unicef faz um apelo às autoridades para que invistam em políticas, programas, serviços e benefícios que vão além da transferência de renda.”
Os resultados mostram que dos 61% de crianças e adolescentes brasileiros que vivem na pobreza, 49,7% têm um ou mais direitos negados. O saneamento é a privação que afeta o maior número, 13,3 milhões, seguido por educação (8,8 milhões) e água (7,6 milhões).
Em seguida vêm o direito à informação (6,8 milhões), moradia (5,9 milhões) e proteção contra o trabalho infantil (2,5 milhões).