Geddel quer ficar "preso" em casa
A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na cela de segurança máxima do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, pediu ao Supremo Tribunal Federal a conversão da prisão preventiva em domiciliar. O pedido foi enviado ao ministro Edson Fachin na segunda-feira.
Segundo os advogados do emedebista, a transferência para a ala de segurança, determinada pela Vara de Execuções Penais do DF, aconteceu em razão de uma situação de “vulnerabilidade” do político na convivência com os demais detentos.
A defesa argumenta que a medida representa “a aplicação de regime disciplinar diferenciado, ainda que não expressa na sentença e sem que ele tenha cometido falta grave”. A petição diz que Geddel foi colocado em “cela individual, com restrição absoluta de acesso à cantina e biblioteca”.
E que não foram garantidas “visitas semanais de duas pessoas”, uma vez que os familiares de Geddel teriam medo da permanência dele no pavilhão de segurança máxima, por causa da presença de “presos efetivamente violentos”.
A Procuradoria Geral da República tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre o pedido de conversão de prisão. São réus na ação, além de Geddel, o irmão dele, deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) e a mãe Marluce Vieira Lima.
Mais o assessor Job Ribeiro Brandão e o executivo da construtora Cosbat Luiz Fernando Machado da Costa Filho. Eles são acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento de Salvador.