MPF recorre da absolvião de Geddel

O Ministério Público Federal em Brasília apresentou, na terça-feira, recurso contra a absolvição do ex-ministro Geddel Vieira Lima no crime de embaraço às investigações das operações da Polícia Federal Cui Bono e Sépsis, que apuram desvios na Caixa Econômica Federal.

Na semana passada, o juiz Vallisney Oliveira entendeu que não há provas de que o ex-ministro tenha atrapalhado as investigações. Geddel foi acusado de tentar evitar a delação premiada do empresário Lúcio Funaro, operador financeiro do esquema de corrupção.

No entendimento do MPF, Geddel atuou para constranger Funaro, telefonando por diversas vezes para a esposa dele, Raquel Pitta, quando o operador já estava preso, com objetivo de convencê-lo a não se tornar um delator.

Em 2017, Geddel foi preso por determinação do próprio juiz Vallisney, por causa das acusações de obstrução das investigações. Mas, em seguida, o ex-ministro foi beneficiado com um habeas corpus concedido pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

No entanto, depois de ganhar liberdade, Geddel voltou a ser preso após a Polícia Federal encontar em um apartamento em Salvador R$ 51 milhões, que foram atribuídos a ele pelas investigadores. Atualmente, o ex-ministro está custodiado na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Segundo os advogados do ex-ministro, a origem dos R$ 51 milhões decorre da “simples guarda de valores em espécie”.

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