BA lidera fraudes no Bolsa Família

A Bahia, seguida de Pernambuco, lidera as fraudes em cadastros do Bolsa Família, como apontou uma auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

O levantamento diz que há 345.906 cadastros com indícios de subdeclaração de renda, o que, segundo o órgão, representa pagamentos indevidos de até R$ 1,3 bilhão em dois anos.

A Bahia tem 39.759 casos, seguida de 26.839 em Pernambuco. Os dois estados têm mais casos no Nordeste. Além disso, a região é a que mais tem irregularidades, somando 141.789, à frente do Sudeste, que é mais populoso e tem 117.573.

Para chegar a esses números, a CGU comparou a renda registrada em outras bases de dados oficiais, como a do Imposto de Renda e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com as que foram declaradas no Cadunico.

Haverá uma investigação e, se as irregularidades forem comprovadas, o governo federal deve acionar os beneficiários legalmente, pedindo a devolução de valor e a impossibilidade de retornar ao programa por um ano.

A maior parte das famílias, 296.940, tem renda subdeclarada entre meio e um salário mínimo ou um e um salário e meio (34.876). Diante dos indícios de fraudes, a CGU recomendou o aperfeiçoamento nos controles de cadastro das famílias.

Entre as sugestões estão uma verificação prévia das informações declaradas no Cadastro Único para concluir o cadastro e invalidar as famílias convocadas que não comparecem para atualização dos dados, dentre outras medidas.

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