Prefeitos negam acusações da PF
Em quatro horas de depoimentos, a prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, e o marido dela, prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira, negaram as acusações que lhe são feitas pela Polícia Federal.
Os dois são investigados na “Operação Fraternos”, sob a acusação de integrar uma organização criminosa especializada em fraudar licitações que causaram prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos. O prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos, irmão de Claudia, também faria parte do esquema.
O casal chegou à Delegacia da Polícia Federal, em Porto Seguro, na companhia do advogado criminalista Maurício Vasconcelos, sendo interrogado pelo delegado Alex Sander Dias, da Polícia Federal do Paraná, que tem atuação na Lava Jato.
Segundo o advogado, os acusados negaram participação em atos ilícitos e afirmaram que as licitações só eram autorizadas após aval da controladoria e da procuradoria jurídica. Disseram ainda desconhecer a relação familiar dos sócios das empresas envolvidas nas fraudes.
As empresas têm como sócios Ricardo Bassalo e Marcos Guerreiro, que teriam participado e vencido licitações nas prefeituras dos três municípios, segundo A Tarde, que teve acesso aos depoimentos de Claudia e Robério no inquérito, que corre em sigilo.
No depoimento também não souberam dar maiores informações sobre a Peixoto Santos Terraplanagem, empresa que tem o irmão de Claudia, prefeito de Cabrália, Agnelo Santos, como um dos sócios, junto com a esposa Maria Luiza.