Temer alfineta Janot com "ilação"

O presidente Michel Temer disse que é uma ficção a denúncia da Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que o acusa de corrupção passiva sustentando que seria para ele o dinheiro carregado na mala pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.

Do mesmo modo, segundo Temer, ele poderia fazer uma ilação sobre a contratação do ex-procurador Marcelo Miller, ex-braço direito e “homem da mais estrita confiança” de Janot, para atuar na defesa de Joesley Batista e a JBS.

“Poderia fazer a ilação de que os milhões pagos ao ex-procurador não seriam destinados apenas a ele”, alfinetou o presidente, ressalvando, no entanto, que não faria isso por não ser leviano.

Temer classificou de "indigna" e "infamante" denúncia da PGR contra ele e questiona ausência de provas concretas do recebimento de valores indevidos.

O presidente disse que a delação de Joesley é produto do seu “desespero para se safar da cadeia”, por meio de distribuição do prêmio da delação.

Ele afirmou que em 40 anos de experiência atuando na advocacia tem segurança para afirmar que, “sob o foco jurídico, minha preocupação é mínima”, diz ele no pronunciamento.

“Essa denúncia busca a revanche, a destruição, a vingança. Querem parar o País, o Congresso”, disse.

Para o presidente, “há na verdade um atentado contra o País”.

Ele ironizou afirmando que reinventaram o Código Penal, com a utilização de ilação como prova.

Também afirmou que sua conversa com Joesley é "uma prova ilícita, inválida para a Justiça". Com Diário do Poder.

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