Policiais cobram Estado por crimes

O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia defendeu os dados coletados pelo Atlas da Violência 2017, do IPEA, e disse que a Secretaria de Segurança Pública tenta maquiar a realidade.

Pelo estudo, a Bahia é o Estado com maior número de cidades na lista das 30 mais violentas do Brasil: Lauro de Freitas, Simões Filho, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Barreiras, Camaçari, Alagoinhas e Feira de Santana.

O Sindpoc afirma que o Estado lidera o ranking nacional de homicídios pelo sétimo ano consecutivo, "devido à presença de muitos bolsões de miséria e ao processo de sucateamento da polícia baiana".

O presidente do sindicato, Marcos Maurício, enviou nota à imprensa dizendo que a Bahia vive uma guerra "que está sendo, a todo tempo, maquiada e escondida pela Secretaria de Segurança Pública".

“Não foi explicitado como chegamos a mais de 40 mil mortes violentas intencionais no nosso Estado, entre 2011 e 2017, e as ações de combate à violência se resumem às construções faraônicas, sem resultado efetivo”.

Segundo o vice-presidente do Sindipoc, Eustácio Lopes, a cada 100 homicídios na Bahia, apenas 8 são elucidados. “As delegacias se transformaram em cartoriais e burocráticas, basicamente para registros de ocorrências".

Dos 417 municípios baianos, cerca de 180 estão sem policiais civis ou possuem efetivo insuficiente para dar conta da demanda, segundo o sindicato. O Estado tem menos de 7.500 servidores na Polícia Civil.

“Deveríamos ter, a partir de 2009, 12.000 policiais trabalhando. Esses casos que não são elucidados estimulam os crimes cinematográficos e a prática do velho cangaço, levam terror e medo à população".

23:20  |  


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