TCU para Transnordestina por erros

A construção da Ferrovia Transnordestina acaba de ter sua execução financeira paralisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A decisão tomada pelo plenário da corte de contas trava qualquer repasse de recursos para a obra.

O TCU constatou diversas irregularidades como precariedade, informalidade e imprecisão dos projetos, imprecisão do orçamento, descompasso entre execução física e financeira, indicativos da baixa qualidade dos serviços.

O coordenador da Comissão Externa da Ferrovia Nova Transnordestina da Câmara, Raimundo Gomes de Matos, do PSDB-CE, afirma que apesar do expressivo volume de recursos, são recorrentes os atrasos na obra.

O parlamentar lembra que já havia apontado ao TCU estes problemas e pedido uma nova auditoria no ano passado, o que resultou nesta decisão de ontem.

O orçamento total da ferrovia é de R$ 11 bilhões e já foram gastos mais de R$ 6 bilhões.

Gomes de Matos afirma que, assim que acabar o recesso parlamentar, a comissão irá convidar o atual presidente da Transnordestina, Sérgio Leite, a dar explicações.

Ao fiscalizar a obra, auditores do TCU confirmaram a paralisação quase completa do empreendimento. Dos 5.390 funcionários que estavam nos canteiros de obra em junho de 2015, restavam apenas 1.122 em junho de 2016.

Esse número caiu para 829 em outubro do ano passado. Até o fim de 2016, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não possuía o orçamento detalhado da obra nem dos trechos que já foram concluídos.

A paralisação de repasses será mantida até que a empresa responsável pela obra apresente à ANTT todos os elementos de projetos, incluindo os estudos técnicos solicitados pela agência. De Brasília, Shirley Loiola.

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