Puxada do Mastro vai até domingo
A tradicional festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, realizada anualmente em Olivença, tem um fundamento histórico na vivência do povo indígena que habita a região.
Em 2017, a festividade, que hoje une diversas culturas, acontece neste final de samana, com eventos religiosos e de cultura popular, promovidos por núcleos da comunidade nativa e pela Secretaria Municipal de Turismo (Setur).
A festa se concentra na praça Cláudio Magalhães, onde está a Igreja de Nossa Senhora da Escada, construída pelos padres jesuítas por volta do ano de 1700, que faz parte do patrimônio histórico de Ilhéus.
A Puxada do Mastro de São Sebastião origina-se no Século XVII e acontece em diversas localidades do Brasil. A festa se inicia com a escolha da árvore, por um grupo de machadeiros que determina qual será o mastro usado no ano.
No local onde a árvore é derrubada, "indígenas reafirmam seus laços familiares e repassam a tradição para os mais novos. através do masteréu, um mastro menor específico para que os adolescentes sejam iniciados na tradição".
"Eles seguem o exemplo dos adultos, desgalhando, descascando e puxando o tronco desde a mata, passando pela praia, até chegar à praça principal do antigo aldeamento jesuítico”, conta o professor Erlon Costa.
Shows das bandas Paulinho Xoxô e Baru Imperador abriram a programação da Puxada do Mastro de São Sebastião, em Olivença, na sexta. Neste sábado, tem shows com as bandas Skulacho, A Rapazziada e Pagofunk.
No domingo, acontece a alvorada festiva, às 5 horas, com celebrações católicas e indígenas. Por volta das 8 horas, os machadeiros adentram na mata de Ipanema, de onde retiram o mastro.
A previsão é de que o cortejo popular chegue a Olivença por volta das 17 horas. Enquanto isso, o público poderá curtir shows das bandas Proibida, Bombadão e Tony Canabrava.