Exportação é mais baixa desde 2006
A redução nos preços dos produtos vendidos ao exterior, a fraca demanda externa e o menor volume de embarques em 11,1%, principalmente de produtos agrícolas, foram os principais fatores que derrubaram as exportações da Bahia.
As exportações somaram US$ 6,78 bilhões, com redução de 14% em relação ao ano anterior, o menor volume desde 2006, quando alcançaram US$ 6,77 bilhões.
As importações, que tiveram redução ainda maior, atingiram US$ 6,15 bilhões, queda de 25,8% ante 2015. O resultado é reflexo da baixa atividade econômica, queda da demanda, da renda e da produção na indústria (-5%).
Por causa da maior queda nas importações, a Bahia registrou um superávit de US$ 625 milhões na balança comercial, revertendo o déficit de US$ 403,7 milhões registrado em 2015, mas com recuo de 20% no fluxo de comércio.
Ele é a soma de exportações e importações, indicador do dinamismo do comércio e da economia doméstica. Todos os principais segmentos de exportação do estado registraram quedas em relação ao ano anterior.
As vendas de produtos básicos caíram 31,3%, fruto principalmente da redução no agronegócio (-25%). Só o “complexo soja” (grão, farelo e óleo), que geralmente lidera o ranking das exportações, teve receitas 41% menores.
Outras perdas foram do algodão (-32%), do café (-38%) e do milho (-78%). O destaque positivoficou com o setor automotivo, que fechou o ano com crescimento de 18%, resultado do câmbio mais competitivo.
Mesmo com uma redução de 32,7% em suas compras, a China permaneceu o principal mercado para as exportações baianas, com 22,2% de participação, em especial com celulose, catodos de cobre e soja em grão.
Em seguida vem os EUA com crescimento de 15,8% (pneus, químicos, derivados de petróleo) e 13,8% de participação, e a Argentina com incremento de 2,8% ( automóveis, fios de cobre e derivados de cacau) e 11,3% de participação.