Comércio apela para megaliquidação

Com o país em crise e produtos encalhados, grandes varejistas estão apelando para megapromoções no início de 2017. Em algumas lojas, os descontos são de até 70% em cima dos preços praticados em 2016.

O economista e deputado federal Rogério Marinho, do PSDB-RN, explica que essa reação é uma resposta às baixas vendas no Natal passado, que registraram recuo em relação a 2015.

Uma pesquisa da Fecomercio de São Paulo, com dados da Boa Vista SCPC, mostra que a queda nas vendas na semana que antecedeu o último Natal foi de 4,8% em comparação com 2015.

"Esse ano foi muito duro para o varejo. A área de comércio sofreu de uma forma extraordinária em função da nossa estagnação econômica. Não é fácil um país como o nosso ter uma retração de 3,5% do Produto Interno Bruto".

O tucano também alerta que, mesmo com promoções tentadoras, o consumidor deve controlar os gastos, já que o patamar de inadimplência dos brasileiros ainda é alto.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o nível de endividamento chegou, em dezembro de 2016, a 56,6% das famílias.

Para 2017, o comércio ainda deve ser impactado pelos vestígios de dois anos seguidos de forte recessão.

Além disso, a Fecomercio estima que o varejo pode deixar de ganhar até R$ 10,5 bilhões neste ano devido aos feriados nacionais prolongados. De Brasília, Jéssica Vasconcelos.

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