Policiais param por 24h nesta sexta
Todas as categorias da Polícia Civil da Bahia e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) vão paralisar as atividades por 24 horas, nesta sexta-feira, conforme decisão em assembleia da semana passada.
Delegados, investigadores, escrivães, peritos criminais, peritos técnicos, médicos legistas e odontos, fazem ainda um ato público em frente ao Centro de Operação e Inteligência (COIN), próximo à Secretaria de Segurança Pública.
O protesto é "em repúdio à precariedade e falta de estrutura das unidades policiais e em defesa do Anteprojeto de Reestruturação Salarial das Carreiras já entregue à SAEB".
Os serviços essenciais serão mantidos de acordo com o percentual exigido por Lei. O presidente do sindicato, Marcos Maurício, afirma que 90% das delegacias do Estado estão inadequadas, em situação precária.
"Diversas delegacias foram instaladas em casas residenciais". Como exemplo, o sindicalista citou a 3ºDP do Bonfim, 7º DP do Rio Vermelho, 16º DP da Pituba, 14º DP da Barra e outras delegacias no interior.
Maurício esclarece que o objetivo é chamar a atenção da sociedade e do Governo para a situação da Polícia Civil “que está falida e passando por muitas necessidades".
“A Secretaria de Segurança Pública investiu R$ 260 milhões na construção do COIN e, enquanto isso, as delegacias estão totalmente abandonadas!”, critica Maurício.
O presidente do sindicato dos delegados, Fábio Lordello, afirma que a Polícia Civil baiana possui a pior remuneração do Brasil. Lordelo explica que a partir de sábado (3) a categoria vai trabalhar sob o regime de Operação Padrão.
Traduzindo, a categoria só vai executar as atividades que estiverem com todas as condições de trabalho exigidas por Lei. “Se não tivermos os equipamentos adequados para as perícias e as investigações, não iremos fazer".