Nordeste enfrenta a sua pior seca

O Nordeste tem enfrentado uma seca prolongada que pode ser a maior dos últimos 100 anos. Desde 2010, as chuvas estão abaixo da média. Reportagem da Veja mostra que o NE foi assolado pelo menos 84 vezes pela estiagem.

E o problema vai muito além das variações pluviométricas. O deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, explica que o marco é também resultado da falta de políticas públicas para a região.

"Falta de política pública, de prioridade e de sensibilidade federal. O governo anterior não teve a capacidade de dar a mesma atenção à seca do Nordeste que deu, por exemplo, à construção de estádios durante a Copa do Mundo".

"Hoje a gente vive uma calamidade tão grande que medidas emergenciais também precisam ser tomadas por parte do governo federal. A falta de água não é passível de convivência sem estragos enormes."

Pedro Cunha Lima ressalta que o governo também deve contar com ajuda da sociedade para elaborar novos projetos, e atender emergencialmente locais que seguem em risco de abastecimento, como Campina Grande.

"Além da transposição, que deve ser concluída, o governo federal deve envolver as universidades e a sociedade como um todo para elaborar projetos que possam viabilizar o reuso da água".

"O governo também pode dar uma atenção maior nesse segmento, que precisa de uma reformulação. Nós desperdiçamos praticamente 50% da água no transporte dela, e isso precisa mudar."

Nas últimas semanas, o governo federal intensificou os repasses para ações e obras hídricas estruturantes, com esforços direcionados para a conclusão das estruturas físicas do Projeto de Integração Rio São Francisco.

Com isso, o abastecimento deve beneficiar os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. De Brasília, Jéssica Vasconcelos.

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