Secretário alerta para mais chikungunya
“Itabuna corre o risco de ter epidemia de chikungunya no próximo verão”, alerta o secretário municipal de Saúde, Paulo Bicalho, com base no número de criadouros e novos casos da doença, provocada pelo Aedes aegypti.
Só no bairro Novo Horizonte, foi registrada a maior concentração das larvas do mosquito, acima de 56%, segundo o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa).
A chikungunya ainda não tem cura, é uma doença que atinge todas as faixas etárias e tem como sintomas principais febre e dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, etc.
“A preocupação aumenta quando a vítima tem histórico de artrite, artrose e patologias semelhantes, o que pode tornar a pessoa incapacitada em suas atividades diárias e, principalmente, para o trabalho".
Bicalho diz que a preocupação com uma possível epidemia da chikungunya é tanta que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a autorizar o laboratório Bahiafarma a fazer o teste rápido da doença no estado.
O exame é inédito no país e permite a detecção da febre chikungunya apenas com algumas gotas de sangue. Só que ainda não está disponível na rede pública de saúde da Bahia.
Neste ano a Bahia registrou, até agosto, quase 47 mil casos suspeitos de chikungunya e, dos 315 municípios que registraram a doença, Itabuna se destaca pela concentração de mais de 41% das notificações.