Cabanas: Ilhéus alega "surpresa" da SPU

A prefeitura de Ilhéus diz ter recebido "com surpresa" a determinação da Secretaria do Patrimônio da União para que as cabanas de praia da zona sul sejam demolidas pelos proprietários.

A ordem foi emitida pela SPU no dia 2 de novembro. O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Antônio Vieira, alega que o governo "vinha dialogando" desde o início deste ano com a SPU.

A pauta envolvia a adequação das cabanas da zona sul ao Projeto Orla, desenvolvido pela gestão municipal. Vieira argumenta que o projeto envolve critérios ambientais para permitir a atuação dos cabaneiros.

O problema é que este projeto existe desde a gestão anterior do atual prefeito, Jabes Ribeiro, há 10 anos, e nunca avançou. Outro problema é que os 10 meses de "estudos" foram vistos pela União como procastinação.

Neste período não houve qualquer providência prática no sentido de mudar as cabanas de lugar, nem mesmo a definição de uma nova área ou projeto de padronização.

Na notificação, a SPU afirma que a medida é irrevogável e deve ser cumprida em 30 dias, sob pena de duplicação da multa que já foi aplicada pela construção irregular na faixa de praia.

Os cabaneiros alegam que terão prejuízos e que a medida poderá causar a demissão de 500 pessoas. A prefeitura ainda fala em danos para o turismo da cidade, que é de veraneio.

Cidades como Rio de Janeiro, Santos e Florianópolis nunca tiveram cabanas na faixa de areia. As de Salvador e Maceió já foram demolidas e as de Porto Seguro receberam o mesmo aviso no primeiro semestre deste ano.

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