13° será usado para quitar as dívidas
81% dos brasileiros pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas. O número representa um aumento de 9,46% em relação aos objetivos dos consumidores no ano passado.
Os dados são da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, a Anefac.
O deputado federal Nilson Pinto, do PSDB do Pará, aponta as medidas que devem ser estruturadas para melhorar a atividade econômica e o poder de compra da população.
"A crise só será superada com medidas estruturantes, que retorne a economia à sua normalidade. Precisamos aprovar a reforma da Previdência e tornar os estados e municípios parceiros do governo federal".
"É esse movimento de austeridade. Porque só ele fará com que nós tenhamos condições de sustentar as nossas atividades e criar condições para que o país volte, futuramente, a investir".
"Uma crise econômica que foi construída por 13 anos de má gestão, de desgoverno, não será resolvida em um prazo de poucos meses. O caminho está certo, mas ainda está incompleto. Precisa avançar."
O contador Edson Castro, de 28 anos, faz parte dos brasileiros que pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas. Ele explica que fez um planejamento anual das contas mensais, mas mesmo assim ainda ficou no vermelho.
"Eu tenho um plano orçamentário do que eu tenho de gastos no mês. E durante esse ano, por conta da crise financeira, eu não consegui sanar todas essas contas que ficaram dentro do meu orçamento".
"Geralmente, fatura de cartão de crédito é o grande vilão, né? Então, o 13º que vai sair eu vou pagar todas essas contas e colocar em dias pra ficar com o meu orçamento zerado para começar 2017 com o pé direito."
Neste ano, cerca de R$ 197 bilhões devem circular na economia só com o 13º salário. Em média, 48% tem a intenção de quitar cartão de crédito e 41% de saldar o cheque especial.
A pesquisa da Anefac também revelou que as pessoas estão menos dispostas a comprar neste fim de ano. O número dos que pretendiam gastar o benefício com presentes teve um declínio de 25% em relação a 2015.
De Brasília, Luana Patriolino. De Brasília, Luana Patriolino