PF investiga Rui, PT, Propeg e Negromonte
A Polícia Federal deflagrou operação, nesta terça (4), que investiga financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia além de esquemas de fraude em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
A PF cumpriu mandados em Salvador, na agência de publicidade Propeg e na sede do PT. Também fez busca e apreensão na residência do ex-deputado Mario Negromonte, que foi ministro das Cidades no governo Lula.
A suspeita é de que o esquema corrupto envolve a empreiteira OAS no financiamento da campanha do atual governador da Bahia, Rui Costa (PT). Os mandados foram da ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do STJ.
A Operação Hidra de Lerna, que deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça, tem como origem dois novos inquéritos em tramitação no STJ.
A suspeita da PF é de que uma empreiteira sob investigação contratava de maneira fictícia empresas de comunicação especializadas em campanhas políticas e remuneravam serviços prestados a partidos e não à empresa de construção.
O governador Rui Costa recebeu "com estranheza e indignação a notícia". O governador diz que as contas da campanha de 2014 foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por unanimidade.
Em nota, a Propeg disse que "prestou todo o apoio" à ação da PF. A assessoria da agência publicitária afirmou que a Propeg "age com correção, respeito às leis e seguindo as normas do mercado publicitário".
No entanto, a polícia suspeita que Negromonte e Márcio Fortes receberam propina para beneficiar a agência de publicidade, que venceu uma licitação com o Ministério das Cidades de R$ 45 milhões.
