Com leis capengas, traficantes se elegem 

O envolvimento do narcotráfico com as eleições deste ano chama a atenção da polícia e assusta também alguns políticos. O sinal de alerta foi disparado quando a PM prendeu, na segunda, o agricultor José Messias de Araújo Aguiar.

Aguiar, que tem 34 anos e foi o vereador mais votado de Ubaitaba, foi preso com 270 quilos de maconha e dois quilos de cocaína. Apesar de negar ser traficante, a droga estava guardada na sede de sua fazenda.

Segundo informações, a polícia já vinha monitorando o suspeito há algum tempo. Outro caso que veio a público é o do prefeito eleito de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

Diógenes Tolentino de Oliveira, o Dinha, do PMDB, é acusado de ter sua campanha financiada pelo tráfico de drogas. Quem faz a acusação é ninguém menos que o senador Otto Alencar, presidente do PSD da Bahia.

Alencar utilizou a tribuna do Senado para denunciar o prefeito eleito. Para o senador, a proibição do financiamento das campanhas por empresas pode ter levado políticos a recorrer ao mundo do crime.

Os traficantes têm aproveitado que todos os presos tẽm direito a votar. Eles ordenam o voto em seus candidatos e, aos poucos, vão formando uma bancada do pó municipal. Em 2018, será a vez da federal.

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