25% do saneamento não saiu do papel
Cerca de 25% de 340 obras de saneamento básico em grandes cidades, que têm recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, estão paradas ou nem foram iniciadas.
O levantamento é do Instituto Trata Brasil, que mostra que o excesso de burocracia, falta de coordenação entre prefeituras e governos estaduais estão entre os principais motivos para a paralisia.
Na avaliação do deputado federal Rocha, do PSDB do Acre, a ineficiência do governo petista inviabilizou a execução do PAC. "Quando o então presidente Lula apresentava a candidata dele, chamava de 'mãe do PAC'".
"Apresentava ela também como 'gerentona'. Na verdade, a Dilma se mostrou alguém incompetente e incapaz de administrar o país. Mas, mais que isso, de administrar tudo e qualquer coisa que ficou sob sua responsabilidade".
"As obras do PAC hoje são investigadas em todos os estados com fortes indícios de corrupção. Sempre beneficiando as grandes empreiteiras que são citadas na Operação Lava Jato."
O levantamento também mostrou que a Região Norte é a que menos avança. O percentual de obras concluídas em 2015 é o mesmo de 2014: 38% das de água e 25% das de esgoto.
Mesmo no Sudeste, é baixa a fatia das obras finalizadas. O deputado Rocha acredita que a retomada das obras é possível com o novo governo e criticou a falta de investimentos na região Norte durante o governo do PT.
"Eu acho que nós temos tudo para retomar essas obras, mas agora de forma racional. O que o governo federal fez na época do então governo Dilma foi prometer demais. E foi além da capacidade do Estado de executar a obra".
As obras foram contratadas a partir de 2007, quando foi lançada a primeira versão do programa. No PAC 1, todas as obras já saíram do papel, mas apenas 55% foram concluídas. No PAC 2, cerca de 28% sequer foram iniciadas.
O estado que mais tinha obras paradas no fim de 2015 era São Paulo, seguido por Distrito Federal e Rio de Janeiro. De Brasília, Luana Patriolino.