Varejo baiano sofre outra grande queda
O comércio varejista na Bahia registrou em julho mais uma queda nas vendas. A taxa de -13,4% mantém uma trajetória de queda verificada desde janeiro de 2015.
A variação seguiu a mesma tendência do varejo nacional, que registrou taxa de -5,3%. Na análise sazonal, a taxa do varejo no estado foi negativa em 1,0%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.
A manutenção da queda do comércio varejista na Bahia é atribuída à recessão nacional. Apesar de dados da FGV apresentar avanços na confiança dos consumidores e empresários, de 5,4 e 1,2 pontos, pouco mudou.
Esse comportamento das vendas no comércio revela que o setor ainda não foi sensibilizado por essa melhora nos níveis de confiança, já que as condições financeiras mais rígidas continuam.
As altas taxas de juros, inflação elevada, restrição ao crédito, associado à retração no mercado de trabalho continuam influenciando o comportamento do setor.
Todos os 8 segmentos pesquisados tiveram queda. Combustíveis e lubrificantes (-22,7%); Móveis e eletrodomésticos (-22,3%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-21,3%) caíram.
O mesmo aconteceu com Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,5%); Tecidos, vestuário e calçados (-9,8%); Hipermercados, alimentos, bebidas e fumo (-6,7%).
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos caiu -6,4%. Nos subgrupos, o destaque é a queda nas vendas de eletrodomésticos (22,9%), móveis (21,1%), e supermercados (2,1%).