Temer assume com pior herança da história

O presidente Michel Temer se tornou nesta quarta-feira (31) o 41º presidente da República do Brasil, depois da cassação do mandato de Dilma Rousseff, por crimes fiscais, por 61x20 votos no Senado.

Temer herda a pior situação já vivida pelo país, com grave recessão que já dura 18 meses, o recorde de 12 milhões de desempregados, uma dívida pública de mais de R$ 163 bilhões, fraudes nos programas sociais e inchaço da máquina.

Os especialistas, dizem que o deficit fiscal não para de crescer devido à forte elevação das despesas e à queda das receitas, diante da brutal recessão na qual o país mergulhou desde o início do ao passado.

Desde 2014 o descontrole das contas públicas no governo Dilma vem se agravando, em especial na época da campanha de reeleição da presidente, que estourou os gastos e cometeu crimes fiscais para vencer a eleição.

No início de 2015 as contas públicas se deterioraram de vez, a ex-presidente cortou programas sociais, aumentou impostos e a conta de energia elétrica em mais de 80%, sufocando as empresas e gerando um desemprego recorde.

Hoje, 12 milhões de pessoas estão sem emprego e, só em 2015, mais de 200 mil empresas fecharam as portas. O novo presidente terá o desafio de recuperar a economia e fazer as reformas necessárias para retomar a normalidade.

O processo de impeachment de Dilma levou o dobro de tempo do de Fernando Collor, quase 179 dias. A ação foi provocada pelas gigantescas manifestações nas ruas, e entrada pelos advogados Miguel Reali Jr e Janaína Pascoal.

Depois de 47 pedidos rejeitados, a Câmara acatou este, aprovado por mais de dois terços da Câmara em duas votações. No Senado, precisou de três votações e acabou aprovado por 61x20 votos, sem nenhuma abstanção.

No entanto, uma manobra acordada entre o grupo do PMDB ligado a Eduardo Cunha e o PT livrou Dilma Rousseff da segunda parte da pena, prevista claramente na Constituição, de inabilidade para função pública por 8 anos.

PSDB e DEM iam entrar com ação no Supremo Tribunal Federal para que o Senado cumpra a Constituição e inabilite a ex-presidente por 8 anos, mas recuaram, com medo de que isso fizessa o STF mandar rever todo o processo.

Com isso, o Brasil vive uma situação insólita. A ex-presidente foi cassada por cometer crimes fiscais e de improbidade, mas está livre para assumir qualquer cargo público, como secretarias de estado ou empresas como a Desembahia.

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