Palocci e o PT receberam R$ 128 milhões

As investigações da Operação Lava Jato descobriram que, entre 2008 e o final de 2013, a Odebrecht pagou mais de R$128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo o ex-ministro Antonio Palocci, preso nesta segunda-feira.

Ele negociou com a empreiteira pelo menos quatro operações: contratos com a Petrobras para sondas do pré-sal, medida provisória que concedia benefícios tributários ao grupo (MP 460/2009).

Mais negócios envolvendo o programa de desenvolvimento de um submarino nuclear (Prosub) e o financiamento do BNDES para obras a ser realizadas em Angola.

A força-tarefa da Lava Jato sustenta que a atuação de Palocci e de seu ex-chefe de gabinete, Branislav Kontic, ocorreu mediante o recebimento de propinas pagas pelo grupo empresarial, dentro de uma espécie de “caixa geral”.

Esse caixa de recursos ilícitos supostamente se estabeleceu entre a Odebrecht e o PT. Conforme planilha apreendida durante a operação, identificou-se que, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT.

Parte do dinheiro foi para seus agentes, incluindo Palocci. Remanesceu, ainda, em outubro de 2013, um saldo de propina de R$ 70 milhões, que eram destinados também ao ex-ministro para que ele os gerisse no interesse do PT.

Foram cumpridos três mandados de prisão temporária, 15 de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão, para aprofundar investigações sobre os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

As medidas decorreram de aprofundamento da análise de material probatório obtido em fases anteriores, em especial a partir de celulares, e-mails e arquivos eletrônicos relacionados a executivos da Odebrecht investigados no esquema.

Parte relevante do material se refere à atuação do Setor de Operações Estruturadas que existiu naquela empreiteira.

A partir da análise detalhada de e-mails e anotações em celulares apreendidos, verificaram-se evidências de que o ex-ministro Antônio Palocci atuou em favor dos interesses do Grupo Odebrecht entre 2006 e o final de 2013.

Ele atuou para interferir em decisões tomadas pelo governo federal. A atuação de Palocci se deu inclusive no período em que exerceu relevantes funções públicas, envolvendo constante interlocução e encontros. Com Diário do Poder.

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