Inflação recua em agosto mas ainda é alta
Após exercer uma forte pressão na inflação durante meses, os alimentos finalmente estão entre os itens que mais contribuíram para o recuo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.
A taxa, que estava em 0,52% em julho caiu para 0,44% em agosto. No ano, o indicador acumulou alta de 5,42% e nos 12 meses encerrados em agosto, houve elevação de 8,97%.
A alta de agosto, apesar de branda, ainda é a maior para o período desde 2007. Para o deputado federal Paulo Martins, do PSDB do Paraná, o leve recuo da inflação traz os primeiros sinais de confiança no novo governo.
"A economia, antes de qualquer coisa, é comportamento humano. Com a saída daquele governo que representava o erro, é claro que o mínimo de confiança volte. Mas só isso não é suficiente para manter reverter o quadro".
Dois grandes itens responsáveis pelo recuo da inflação em agosto, segundo o IBGE, foram a batata-inglesa e o feijão carioca. Após aumento de 160,25% em 12 meses, o feijão ficou 5,6% mais barato no período.
Apesar da elevação mais razoável, Paulo Martins observa que o patamar ainda é alto, e que isso impacta o cotidiano das famílias brasileiras. "É um impacto imediato, que realmente mexe com o dia-a-dia das pessoas".
Outros produtos alimentícios que também tiveram queda nos preços entre julho e agosto foram a cebola, as hortaliças, as carnes e o pescado. De Brasília, Jéssica Vasconcelos.