"Brasil Alfabetização" cumpriu apenas 10%

O principal programa de alfabetização para adultos no país está abandonado. O Brasil Alfabetizado disponibilizou apenas 10% das vagas previstas para ensinar pessoas com mais de 15 anos a ler e escrever.

Os cortes sofridos no orçamento da Educação desde 2014 explicam o caos nesse setor. Há dois anos, o programa tinha R$ 375 milhões em recursos. No ano passado o investimento foi de R$ 217 milhões.

Já em 2016, as verbas foram cortadas, pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para pouco mais de R$ 100 milhões. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), afirma o PT foi o responsável pelos problemas da educação brasileira.

"Quando a gente fala de analfabetismo de adultos, nós estamos falando de uma situação que foi fruto da ineficiência gerencial ao longo dos últimos 13 anos na educação brasileira".

"A partir de 2014, quando o Brasil passou a ter sérias dificuldades na economia, a então presidente e seus ministros turbinaram os programas educacionais. Turbinaram em 200%, 300%, 400% acima do que o ocorrido em 2013".

"Isso foi feito com um único objetivo: ganhar a eleição de 2014."

No Brasil, existem cerca de 13 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever. O Ministério da Educação afirmou que os cortes no programa Brasil Alfabetizado foram feitos ainda no governo Dilma.

O ministro da pasta, Mendonça Filho, disse que vai fazer uma reavaliação do programa como um todo. O deputado Rogério Marinho avalia que houve falta de capacidade gerencial no setor.

"A educação é um processo de gerações. Nós não podemos encarar como o governo do PT encarou. A educação é um projeto de nação, de sociedade e país. Eu, por exemplo, acho que não falta dinheiro na educação".

"O que falta é capacidade gerencial. Mérito na utilização desses recursos. Há muito desperdício de recurso público."

Alagoas é o estado com o maior índice de analfabetismo. 21% da população com mais de 15 anos não sabe ler. Com os cortes no programa, quase 15 mil pessoas vão deixar de ser alfabetizadas em Alagoas. De Brasília, Luana Patriolino.

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