BA tem saldo negativo de 7.976 empregos
O Ministério do Trabalho atrasou a publicação dos dados sobre o número de vagas com carteira assinada no País. As informações referentes ao mês de junho só foram liberadas no início da noite.
Os dados sobre a evolução de empregos com carteira assinada são divulgados entre os dias 15 e 22 de cada mês. A última atualização tinha sido feita no mês passado e mostrou aumento do desemprego em todos os estados.
Na Bahia, por exemplo, no acumulado de janeiro a maio, o saldo de empregos com carteira assinada ficou negativo em 20.269 vagas. Entre os municípios que mais perderam empregos estão Itabuna e Ilhéus.
Nos primeiros cinco meses do ano, foram eliminadas 775 vagas em Itabuna. Em Ilhéus foram suprimidos 924 postos de trabalho com carteira assinada.
Em junho, a Bahia registrou um saldo negativo de 7.976 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 43.332 admissões e 51.308 desligamentos. O saldo é melhor que o de um ano antes (-9.124 postos).
Porém piorou em relação a maio (-5.614 postos). Tiveram perda de empregos Serviços (-4.462), Construção (-1.984), Comércio (-823), Indústria (-545), Extrativa Mineral (-222) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-75).
Em contrapartida, dois setores absorveram alguns trabalhadores celetistas, a Agropecuária (+84 postos) e a Administração Pública (+51 postos).
No ano, mostram saldo negativo Serviços (-13.791), Comércio (-11.887), Construção (-9.670), Indústria (-1.747), Extrativa Mineral (-611) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-257).
Os setores que apresentaram saldos positivos foram Agropecuária (+7.942) e Administração Pública (+2.427 postos). A Bahia foi o 9º em empregos no Nordeste, com o pior saldo da região e o 23º no Brasil.
Em junho, foram melhores que a Bahia Pernambuco (-2.877 postos), Ceará (-1.926), Rio Grande do Norte (-1.163), Alagoas (-904), Paraíba (-847), Sergipe (-647), Piauí (+101) e Maranhão (+17).
Em junho, foram melhores que a Bahia Pernambuco (-2.877), Ceará (-1.926), Rio Grande do Norte (-1.163), Alagoas (-904), Paraíba (-847), Sergipe (-647), Piauí (+101) e Maranhão (+17).
No acumulado do ano, a Bahia perdeu 27.594 postos de trabalho, ficou na 23ª posição no país e na 7ª do Nordeste, à frente apenas de Pernambuco (-52.717) e Alagoas (-32.496).
Completam a lista Ceará (-24.948 postos), Rio Grande do Norte (-15.824), Paraíba (-13.803), Maranhão (-13.275), Sergipe (-12.277) e Piauí (-8.103). Nenhum estado do NE gerou empregos neste ano.
Na Região Metropolitana de Salvador foram encerrados em junho 6.282 postos de trabalho e no interior, 1.694. No ano, a RMS perdeu 29.551 empregos e o interior gerou 1.957.
Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os piores resultados estão Salvador (-3.054), Lauro de Freitas (-2.377) e Itamaraju (-808).
Em contrapartida, Juazeiro (+707 postos), Casa Nova (+470) e Santo Estevão (+229) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.
Segundo o Ministério do Trabalho, em junho deste ano o Brasil perdeu 91 mil postos de trabalho, aproximadamente 18% menos do que junho de 2015, o que mostra uma "piora menor" do desemprego.
Em 12 meses, o país acumula o fechamento de 1,75 milhão de postos de trabalho. Em março deste ano, quando foi alcançado o recorde no fechamento de vagas, este número estava em 1,81 milhão.
Desde abril de 2015 o país não registra um saldo positivo entre a criação e a perda de empregos. Neste período, já foram fechados mais de 2 milhões de vagas.