OAB é criticada por defender colega preso

A OAB de Itabuna está sendo criticada por convicar um protesto e pedir a liberação do advogado Anderson Sá de Oliveira, preso e recambiado para o Rio de Janeiro, onde é acusado de tramar o assassinato de uma juíza.

O protesto da OAB Itabuna aconteceu nesta terça, nas escadarias do Fórum Ruy Barbosa, alegando "defesa das prerrogativas de advogado" que não estariam sendo cumpridas no caso da prisão de Anderson..

Segundo as investigações, o atentado contra a magistrada foi planejado depois que ela decretou a prisão de Luiz Queimado, chefe da quadrilha de traficantes e representado por Anderson.

Luiz Queimado estava em liberdade condicional em Itabuna, para onde fugiu. Durante uma interceptação telefônica, autorizada pela Justiça, Anderson fala que a juíza está querendo “tomar um tiro de fuzil”.

“Ela quer tomar um tiro de fuzil no meio da cara, é isso que ela está querendo, é isso que ela está pedindo. Essa mulher é maluca. Se fosse comigo lá eu ia subir no pescoço dela e ia sair ou eu ou ela morta daquele gabinete”, diz Anderson.

A conversa era com Aline Silva de Oliveira, mulher do traficante Luiz Queimado. A reação irada da quadrilha aconteceu depois da morte de um agente da Polívia Civil, Luis Tomé, encomendada pela quadrilha de Luiz, segundo a polícia.

A quadrilha arrendava 20 comunidades em Niterói e São Gonçalo para traficantes da facção Comando Vermelho (CV), recebendo R$ 7 mil por semana por cada uma. Depois lavava o dinheiro através de lojinhas em São Gonçalo.

"Na casa de uma das noras do Luiz, nós encontramos R$ 20 mil em espécie. O Luiz pagava um tratamento contra o câncer com dinheiro à vista. Na Bahia, ele chegou a pagar R$ 500 mil adiantado a um hospital”, detalhou o delegado Barucke.

Luiz Carlos chegou a ser preso e cumprir parte da pena no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, mas conseguiu o benefício da prisão domiciliar em Itabuna, na Bahia, depois que descobriu ter câncer.

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