Metade vai gastar menos no Dia das Mães
Quase metade gastará menos no Dia das Mães, mostra SPC e aponta a crise econômica e o aumento do desemprego como as causas de gastos mais modestos do que no ano passado. O levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Ele mostra que quase metade (47,5%) dos consumidores pretende gastar menos com o presente deste ano na comparação com 2015. A data é a segunda mais importante para o varejo em volume de vendas e faturamento, ficando atrás apenas do Natal.
Neste ano, o Dia das Mães deve ser afetado principalmente pelo desemprego, sendo essa a principal razão para 24,8% dos entrevistados que pretendem gastar menos. Outros motivos também foram citados, como o endividamento (21,0%) e a necessidade de economizar (16,6%).
“Com o crédito mais restrito, a inflação elevada e as taxas de juros cada vez mais altas, o consumidor tem seu poder de compra reduzido e uma das principais medidas para salvar as finanças acaba sendo o corte de gastos”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
De acordo com o levantamento, os entrevistados têm sentido no dia a dia a alta da inflação: 70,5% têm a impressão de que os produtos estão mais caros em 2016; 20,5% acreditam que os presentes estão na mesma faixa de preço, e para apenas 8,9% estão mais baratos.
Entre a minoria que pretende gastar mais em relação ao ano passado (14,4%), destacam-se aqueles cujo presente será melhor que o de 2015, mesmo que sua renda não tenha aumentado: 32,6%. Em seguida, os que tiveram alguma melhoria do salário ou renda (31,6%).
A maioria dos entrevistados pelo SPC Brasil (54,2%) pretende comprar somente um presente e 30,9% dos entrevistados afirma comprar dois, percentual que cresce entre os homens (35,4%). O valor médio pretendido entre os que sabem quanto vão gastar é R$ 93,55.