Itabuna diz que hospitais pedem socorro
“A rede hospitalar de Itabuna pede socorro”. É o que afirma o secretário municipal de Saúde, Paulo Bicalho, dizendo que pode se tornar insustentável, nos próximos 60 dias, o atendimento à população se não houver mudança no SUS.
Desde o início do governo Lula os repasses do SUS são mantidos muito abaixo do necessário. “A saúde pública não tem reajuste já há algum tempo e há muito também deveria ter sido corrigido pelos índices inflacionários”, afirma Bicalho.
O secretário diz que a crise já interrompeu importantes serviços no setor ao longo dos últimos anos, porque o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), o seu principal fator, está aquém das necessidades.
O secretário diz que existe outro ponto que justifica o pedido de socorro dos hospitais de Itabuna, o aumento da demanda da região, seguido de aumento de preços de insumos e de medicamentos.
“Acontece que, para o pagamento de produção de serviços prestados, os valores são baseados em tabela que seguem as diretrizes do SUS. Estamos bastante preocupados diante dessa situação".
"A Secretaria Municipal de Saúde apenas efetua as transferências constitucionais fundo a fundo, por meio dos programas do Ministério da Saúde”, explica o secretário.
Paulo Bicalho adianta que, com relação à aplicação de recursos próprios, do Tesouro Municipal, são repassados 18% em média do que a prefeitura arrecada na área tributária.
“Tais recursos são utilizados para cobrir apenas despesas com a folha. E, mesmo assim enfrentamos dificuldades, pois as prefeituras vêm arrecadando menos nos últimos tempos se comparado a anos anteriores”.