Emasa quer suspender liminar contra ela
A Procuradoria Geral de Itabuna e a Emasa ingressaram na 1ª Vara da Fazenda Pública com um pedido de reconsideração da decisão provisória tomada pelo juiz Ulisses Maynard Salgado.
Ele determinou a imediata redução de 60% no valor das contas de água emitidas pela Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) enquanto ela não reduzir os altos índices de cloreto na água que abastece o município.
Baseado em estudos feitos pela Diretoria Financeira da Emasa, o procurador geral Mateus Santiago Santos Silva alega que o desconto determinado será suficiente para decretar a falência da empresa antes mesmo do final deste ano.
“Não há outra matemática”, sentencia. “No Plano de Emergência que vem sendo executado no município desde novembro, entre outras ações destaca-se a necessidade de captação de água tratada em outras localidades da região".
"Isso fez aumentar consideravelmente os custos financeiros. Com a decisão provisória, aumentou o índice de inadimplência nas contas. Se a conta não fecha, a empresa não tem como sobreviver”, afirma o procurador Mateus Santiago Silva.
De acordo com o procurador, a Emasa e o município têm feito pesados investimentos na aquisição de reservatórios de 5 mil e 10 mil litros colocados em locais estratégicos para abastecer a população com água doce.
ambém tem reforçado os equipamentos para bombeamento de água de captações alternativas, com elevados custos de energia elétrica. A Emasa faz uma contraproposta de redução de 10% nas tarifas já cobradas nas contas emitidas.
O índice baseia-se em um estudo feito pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que concluiu que, em média, apenas 6% da água fornecida à população são utilizados para alimentação e para o consumo humano.