Dívidas pessoais batem recorde histórico
As dívidas dos brasileiros atingiram um novo recorde no primeiro trimestre. Segundo a Serasa, as contas em atraso, em março, já somavam cerca de R$ 239 milhões, sendo que quase 18% eram despesas com água, luz e gás.
Em 2015, o percentual era de 15%. Para o deputado federal pelo PSDB, Eduardo Cury, de São Paulo, os índices expressam o agravamento da crise econômica causada pelo governo Dilma.
"O desastre econômico do governo do PT chegando aos mais pobres. Quando você deixa de pagar água, luz, que é consumo básico para a vida de uma família, é sinal que você não tem recursos para mais nada".
Com a renda em queda, muitas famílias também enfrentam dificuldades para para pagar taxas de condomínio. A situação acontece em um momento que a lei se tornou mais rígida com os devedores.
Desde março, a lei reconhece a dívida de condomínio e encurta o processo de cobrança. O síndico profissional Fábio Melo, de 35 anos, trabalha em dois condomínios do Distrito Federal e um do Entorno.
Ele constata o aumento da inadimplência e aponta as dificuldades para administrar o condomínio. "A gente sempre trabalha com uma margem de 10% a 15%, e realmente teve condomínio que foi mais que isso".
"Teve condomínio que chegou a 35% o aumento da inadimplência no primeiro trimestre. Isso atrapalha o condomínio. Você se baseia em uma previsão orçamentária e quando se depara com isso não tem nem o que fazer".
Outro estudo publicado pela Serasa no início de abril mostrou que o número de inadimplentes no País chegou a 60 milhões de pessoas, um recorde desde que a empresa passou a fazer o levantamento, em 2012. De Brasília, Luana Patriolino.