Dilma deve ser afastada na quarta-feira
Por 15 votos a 5, os senadores da comissão especial do Senado que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff aprovaram nesta sexta-feira o parecer do relator Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais.
Ele pede o afastamento da presidente. Em entrevista coletiva, Anastasia afirmou que o resultado era esperado, mas que nesta fase o Senado discute apenas a admissibilidade, ou seja, se há elementos para a abertura do processo.
“Nós apresentamos o relatório. Fizemos um trabalho com muita dedicação. Os debates que nós tivemos foram ricos e são próprios da casa. Teremos agora a decisão definitiva. Porque por hora é tão somente a decisão da comissão".
"Quem é soberano para definir sobre admissibilidade ou não do processo é exatamente o Plenário do Senado pela maioria absoluta dos seus membros”.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, acredita que a decisão do Plenário será a mesma da comissão. O líder tucano voltou a criticar a gestão de Dilma e afirmou que o impeachment se deve também a um apelo popular.
“Não podemos nesse instante desassociar o conjunto desses delitos, crimes praticados de forma pensada, deliberada, o conjunto de mentiras que foram ditas na campanha pela presidente Dilma Rousseff".
"Foi essa fraude fiscal que empurrou o Brasil para a sua maior crise da sua história. E falo, portanto, nesse instante também em nome do povo brasileiro, dos trabalhadores desempregados.”
Após prazo de 48 horas - sem contar o final de semana -, o relatório deve ser votado no plenário do Senado. A votação deve acontecer na quarta-feira. Para dar continuidade ao processo serão necessários 41 votos favoráveis.
Caso seja aprovada a admissibilidade, a presidente será afastada por até 180 dias. De Brasília, Shirley Loiola.