Imbassahy e Cedraz na lista da Odebrecht

A cada dia que passa aumenta o número de políticos baianos suspeitos de corrupção. Os novos são o ex-prefeito de Salvador e atual deputado federal Antônio Imbassahy e o presidente do Tribunal de Contas União, Aroldo Cedraz.

Segundo o portal Uol, Imbassahy (PSDB) aparece na relação de parceiros da Odebrecht com o codinome "Almofadinha". As anotações são referentes à obra da barragem de Pedra do Cavalo.

A obra foi executada na época em que o político baiano era presidente da Companhia do Vale do Paraguaçu, na década de 80. Já o ex-deputado federal e presidente do TCU, Aroldo Cedraz , tem o nome ligado à adutora do Sisal.

Na época da obra ele ocupava os cargos de presidente da Companhia de Engenharia Rural da Bahia e de secretário de Recursos Hídricos e Irrigação da Bahia. O apelido de Cedraz é "Toldo".

Segundo documentos em poder da Polícia Federal, no esquema, semelhante ao apontado pelos investigadores da Lava Jato, envolvem 516 nomes de agentes públicos, empresários, instituições e políticos.

Na relação estão políticos de partidos como PMDB, PSDB e do extinto PFL, atual DEM. O UOL informa que teve acesso a quase 400 documentos internos da Odebrecht, que detalham o pagamento de propina a diversos políticos.

O documento estava com Conceição Andrade, funcionária da empreiteira. Ela trabalhou no departamento responsável pelos pagamentos da Odebrecht e explicou que o esquema de propina e fraude em licitações sempre existiram.

Segundo a funcionária, o esquema começou na década de 80, ainda no governo Sarney. Conceição afirmou que o esquema era bem semelhante ao que foi divulgado pela Operação Lava Jato.

Ela disse que a diferença é que hoje existe um departamento especifico para o pagamento de propina. Imbassahy classificou como "desproposito" a menção a seu nome na Relação de Parceiros da Odebrecht.

Alegou que sempre teve uma relação baseada na decência com a Odebrecht e com qualquer outra empresa. A reportagem do Portal UOL não conseguiu falar com o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz.