Ação para livrar Lula incendeia o país
Uma gravação feita pela Polícia Federal mostra Dilma avisando Lula que estava mandando o termo de posse como ministro mas para "só usar em caso de necessidade". Para a PF, a "necessidade" é clara: caso recebesse voz de prisão.
O grampo comprova a acusação de que a nomeação de Lula para a Casa Civil do governo serviu apenas para livrar o ex-presidente da operação Lava Jato e de um possível pedido de prisão do juiz federal Sérgio Moro.
Em outra gravação, Lula xinga deputados e o STF, diz que ambos estão acovardados e "fod*dos". Numa terceira gravação, Lula pede a Jaques Wagner para interceder junto à ministra do STF Rosa Weber.
A gravação foi feita e divulgada à tarde, muito antes de Lula se tornar ministro, o que só aconteceu à noite, depois da divulgação da gravação. O advogado dele, ministros e deputados petistas tentaram justificar ou condenar a gravação.
As explicações sem sentido e a tentativa de alegar que a gravação era ilegal, além de não convencer ninguém, fizeram com que a população ficasse ainda mais revoltada.
Depois da divulgação do grampo e da confirmação da nomeação de Lula, o país pegou fogo. Centenas de deputados passaram a gritar em coro "renuncia, renuncia" e o presidente da Casa teve que encerrar a sessão.
O mesmo aconteceu no Senado. Uma multidão foi para a porta do Palácio do Planalto pedir a prisão de Lula e a renúncia de Dilma. Por volta das 22 horas já eram mais de 5 mil manifestantes e chegando mais.
Outra multidão acima de 10 mil pessoas foi para a avenida Paulista, em São Paulo, onde se concentrou em frente à sede da Fiesp e bloqueou as vias. Muita gente começa a pedir intervenção militar para evitar uma ruptura da normalidade.
À noite, o PRB deixou a base de Dilma. A nomeação de Lula foi manchete nos principais jornais do mundo e todos dizem que ele foi nomeado "para fugir da prisão".





