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História de Itabuna Rumor de invasão a Tabocas levou pânico aos moradores e temendo que uma tragédia pudesse acontecer a qualquer momento. De acordo com o historiador Carlos Pereira Filho, em seu livro “Terra de Itabuna”, quatro anos antes da emancipação política e administrativa o clima era muito tenso no arraial, que anos depois se tornaria um dos mais importantes municípios baianos. Os rumores eram que um poderoso grupo invadiria o arraial para assassinar um dos líderes políticos. O nome do homem “marcado para morrer” nunca foi divulgado. Por volta de 1906 vários cavaleiros estranhos apareceram mas foram “bem” recebidos pelo chefe de polícia. Relatando o embate, o historiador Carlos Pereira afirmou que “o chefe estava fardado de tenente-coronel da Guarda Nacional, com espada ao lado, que perdeu na hora da fuga, passando por debaixo de uma cerca de arame farpado”. Nesse mesmo período, o jornaleiro Manuel Duvico foi espancando por um grupo de homens armados. A agressão ocorreu quando ele ia entregar os exemplares do jornal “Gazeta de Ilhéus” para os assinantes e médicos Ruffo Galvão e Corbiniano Freire. As acusações sobre a onda de violência partiam dos dois grupos políticos de Tabocas e o coronel Firmino Alves contava com o apoio da imprensa de Salvador. Um dos jornais chegou a assegurar que o coronel era um homem avesso a qualquer tipo de violência. Armas Os amigos de Firmino Alves também foram a campo para negar que o grupo do coronel estivesse envolvido no aliciamento de jagunços. Foi pedido ainda reforço policial para que as eleições, que estavam prestes a acontecer, transcorressem dentro da normalidade. Enquanto isso, a imprensa veiculava informações de que o Olynto Leone estava na capital para comprar armas para impedir o voto dos eleitores de seus adversários. Os rumores eram de que a compra das armas estava sendo financiada pelos aliados do coronel na Prefeitura de Ilhéus. Por sua vez, os correligionários de Firmino enviaram comunicado ao “Jornal de Notícias”, de Salvador, reclamando que o governo não estava preocupado com a segurança e que o local era uma terra sem leis. O documento foi assinado por José Firmino Alves, Joaquim José Xavier, Domingos Fernandes, Henrique Berbert, Manuel Miguel, Antônio Badalo, Artur Nilo, Plínio Cardoso e Henrique Krusschewisky. Dias depois do comunicado publicado, durante a noite, jagunços dispararam contra as casas de Firmino Alves, Paulino Vieira do Nascimento, Teófanes Correia e Lúcio Pereira Santa Rosa. O estrago foi apenas material, uma vez que ninguém foi atingido. Parte das matérias especiais foi feita com base em pesquisa nas obras “Terra de Itabuna”, de Carlos Pereira Filho; “Itabuna, Minha Terra!”, de Adelindo Kfoury Silveira, e Documentário Histórico Ilustrado de Itabuna, de José Dantas de Andrade. Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região. |
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