15% a menos no salário oficial abriria 320 UTIs

e as manteria funcionando pelo tempo que durar a pandemia. Nesta crise, todos os trabalhadores, empresários e profissionais liberais perderam renda, alguns perderam toda. A população, que banca o salários de todos os políticos, abriu mão de muitas coisas.
Os baianos abriram mão de viagens, aniversários, presentes, eletrônicos, educação e sonhos, enquanto a classe política da Bahia não abriu mão de um único centavo de seus salários, irreais para a realidade brasileira, nem de suas mordomias.
Uma redução de 15% no salários dos políticos que elegemos e mantemos poderia fazer muita diferença para quem é atingido pela Covid. 15% do salário de R$ 22.400 do governador Rui Costa (PT) seriam R$ 3.360, do vice (R$ 19.300) são R$ 2.895 e de cada secretário (R$ 14 mil), outros R$ 2.100.
A soma deste desconto, só na cúpula do governo baiano, entre governador, vice e os 26 secretários, daria R$ 54.600, porém eles não são os únicos recebendo o salário integral, todo mês, em dia, com ou sem a pandemia. Existem os deputados, senadores e desembargadores.
Parlamento e TJ
Os 15% sobre o salário de R$ 25.322 dos 63 deputados estaduais renderiam R$ 239.292. O desconto sobre os R$ 33.793 dos 39 deputados federais são mais R$ 197.513 e o dos três senadores, que ganham salário igual, daria R$ 15.193.
O total que a Bahia conseguiria com apenas 15% de desconto no salário desta classe privilegiada resultaria em uma verba extra de R$ 512.852, por mes, para o combate ao coronavirus. Com este dinheiro é possível manter 320 leitos de UTI abertos (cada um custa R$ 1600 mensais).
Outra classe mantida com o dinheiro dos baianos que perderam a renda é a dos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia, que percebem R$ 35.462 por mês. Com os 15% sobre o salário dos 60, seriam mais R$ 319.158 por mês, suficientes para mais 200 UTIs.
Mais 529 leitos de UTI
Somando tudo, a Bahia poderia manter, facilmente, mais 520 UTIs além das atuais 1.199, um aumento de 30% nos leitos para casos graves sem onerar o estado que, em última análise, é mantido com o dinheiro dos nossos impostos. O cálculo é da rádio Morena FM e do Jornal A Região.
Os dois veículos fazem esta proposta porque não é justo que apenas trabalhadores, empresários e profissionais liberais paguem o custo da pandemia. Não incluímos os servidores do estado porque ele passaram 6 anos sem nenhum aumento salarial.
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