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16.Fevereiro.2021

Rui decreta toque de recolher em Itabuna e Bahia

itabuna


porque a taxa de ocupação de leitos de UTI não caíu nesta semana. A medida é equivalente a uma pena de prisão domiciliar, com as pessoas proibidas de sair de casa durante a noite e só poderão funcionar serviços essenciais. A medida já tinha sido adiantada no final da tarde pelo Jornal das Sete, da rádio Morena FM.

Apesar de reclamar do aumento de internações, foi o próprio governador quem liberou eventos até 200 pessoas, sabendo que são de difícil fiscalização. Ele deveria ter proibido eventos de qualquer tamanho. O resultado foram festas e farras com até 200 pessoas que fizeram explodir os novos casos.

A partir desta sexta-feira (19), as pessoas ficam proibidas de circular nas ruas depois das 22 horas, até 5 horas da manhã em toda a Bahia, exceto nas regiões oeste, de Irecê e Jacobina, que apresentam os três menores índices de ocupação de leitos de UTI para Covid-19.

“O decreto que será publicado nesta quarta irá valer por 7 dias e proíbe atividades comerciais não essenciais. É uma medida que precisamos tomar para conter as taxas de contágios e o número de casos ativos que hoje ultrapassam 15 mil. É uma forma de conter o avanço desse número alarmante”, alega o governador.

Ocupação alta de UTIs

A taxa estadual de ocupação de UTIs é de 74%, porém em muitos lugares, em especial no interior, os hospitais estão 100% lotados ou quase isso. No final de semana Itabuna, por exemplo, tinha todos os leitos ocupados no Hospital Calixto Midlej e 95% daqueles do Hospital de Base. Em Ilhéus, a ocupação também era de 100%.

O secretário de saúde, Fábio Vilas-Boas, afirmou que tem feito a abertura de novos leitos onde é possível, mas isso não deve servir como justificativa ou válvula de escape para as festas e aglomerações. Ele alertou que, se não forem abertos novos leitos, haverá gente morrendo nas UPAs.

Mas decretar o toque de recolher em todos os municípios é injusto com cidades como Itabuna e Ilhéus, já que mais da metade dos internados são de outros 120 municípios que enviam seus pacientes para elas. Se não recebessem esses pacientes, a taxa estaria abaixo de 50%.

Outra preocupação do Governo do Estado é com a mortalidade. O número de novas mortes passou de uma média diária de 30 para 67, mais que o dobro. A Bahia se recusa a usar o tratamento indicado pelo Ministério da Saúde, mesmo ele tendo bons resultados em outros estados, como Goiás.


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