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27.Fevereiro.2021

Livro mergulha no belo universo dos vaqueiros

vaqueiro


usando a fotografia como um fomento à preservação da memória e a valorização dessa cultura popular. Com esse objetivo, nasceu o projeto Pirilampos da Caatinga, que reúne fotos de vaqueiros e vaqueiras de Uauá, cidade do norte baiano, a 430 Km de Salvador.

“Uauá é uma palavra originária do dialeto tupi-guarani que significa vagalume. Paira a mística de que, quem nasce na Terra da Luz, não é um habitante qualquer, mas sim um Ser Pirilampo, ou seja, com luz própria. Foi nas nuances dessa perspectiva que nasceu o projeto”, explica o fotógrafo Heitor Rodrigues.

Nascido em Feira de Santana e criado desde os primeiros meses em Itabuna, no sul do Estado, Heitor tem uma relação e um olhar todo especial com o sertão baiano. Essa relação teve início em 2013, quando desembarcou em Juazeiro para cursar Engenharia Civil na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O projeto resultará na publicação de um livro fotográfico, em formato físico e e-book, exposição fotográfica na plataforma digital Flickr, criação de uma página nas redes sociais Facebook, Instagram e Youtube, além do próprio website.

Segundo Heitor, o ponto de partida para que o projeto nascesse foi a convivência com o casal Jaime e Fátima Ribeiro, ele ex-vaqueiro e ela professora e cordelista. “Jaime e Fátima são os pais de minha companheira Erika Pók Ribeiro, professora, poeta e fotógrafa, que também trabalha no projeto".

"As histórias de Jaime e seus antepassados, além dos versos de Fátima, aguçavam a minha imaginação. Foi aí que percebi a magia que envolve essa cultura. Me apaixonei como uma criança que escuta uma história infantil e desde então minhas lentes acompanham os vaqueiros há quase sete anos”.

Fotografar na pandemia

Um dos maiores desafios foi realizar o trabalho em plena pandemia, já que a maioria dos personagens que ilustra o projeto faz parte do grupo de risco. “Além das recomendações de não aglomerar, do uso de máscaras e do álcool em gel, fizemos uso de roupas especiais, para preservar a integridade dos vaqueiros e vaqueiras”.

O projeto Pirilampos da Caatinga tem apoio financeiro do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da Fundação Cultural do Estado (Funceb), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo.


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