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24.Abril.2021

Exclusivo: conheça "o cara" do capacete

guilherme


de oxigênio que vem salvando vidas de pacientes da Covid em todo o país. Guilherme Thiago de Souza, diretor geral da Life Tech Engenharia Hospitalar, é formado em Engenharia da Computação, Pós-Graduado em Pericia Forense Digital, Doutorando de Pneumologia da Faculdade de Medicina da USP.

Ele conta que a empresa fazia outros produtos. "Inicialmente era uma divisão da empresa de tecnologia Roboris, que surgiu durante a pandemia da Covid-19. Porém, com o andamento do projeto, tornou-se uma empresa nova".

Guilherme aproveitou o conceito de helmet ("capacete" em inglês), que já existia no exterior e criou uma versão brasileira, pensada nas nossas condições. "A ideia veio da vontade de ajudar a sociedade com o que sei fazer, engenharia".

Começo "aeroespacial"

No início de 2020 Guilherme fez uma reunião com o Cluster Aéreo Espacial, onde propôs "devolver algo para a sociedade". A cadeia aeroespacial tem os melhores recursos de engenharia e de fabricação do País, por isso foi natural ela ser procurada.

"Começaram as ideias e foram avaliadas a criação de ventiladores ou máquina ECMO. O grande problema, porém, seria encontrar componentes que trabalhassem na magnitude de leitura e operação necessárias para operabilidade com o corpo humano".

O engenheiro percebeu que, pelo tamanho de muitas empresas do grupo, a tramitação e execução dos projetos seria muito demorada. "Então decidi tocar sozinho o projeto para ganhar velocidade e eficiência. No processo, encontrei a teoria da ventilação não invasiva e o conceito de helmet".

Guilherme conta que o primeiro protótipo ficou pronto em 40 dias, graças a muito trabalho. "Era uma jornada diária de, no mínimo, 16 horas, alguns dias chegando a dormir no escritório". Mas a satisfação com o resultado e o efeito para a sociedade compensaram.

Gratificação pessoal

"Foi uma sensação muito gratificante e especial. Como engenheiro, sempre trabalhando com robôs, máquinas e sistemas, estava acostumado a trocar peças e trabalhar em silêncio. Se algo der errado, basta trocar um componente".

"Este cenário muda quando o trabalho é feito com a vida de pessoas, e o fato de que complicações ou erros podem levar a óbito que, diferentemente de uma máquina, é irreversível. O fato de desenvolver uma solução que ajuda a salvar vidas é muito gratificante".

Guilherme ficou quase 80 horas dentro de UTIs voltadas para a Covid, acompanhando pacientes e verificando in loco o funcionamento do sistema. "É inexplicável a gratidão e o sentimento de ver a melhora, recuperação e liberação de uma pessoa para sua vida normal".

"Olhar nos olhos dos pacientes e ver o brilho da esperança se concretizando, sem dúvida, foi uma experiência única que mudou minha perspectiva de vida, da responsabilidade social da classe cliínica e médica, que levarei comigo com muito carinho".

"Heróis em silêncio"

O engenheiro conta que conheceu a história de diversos profissionais pelo Brasil, que trabalham incessantemente desde o começo da pandemia para atender à demanda, buscar soluções e dar o máximo de suporte no meio da escassez de recursos e infraestrutura.

"Hoje a classe clínica tem ainda mais o meu respeito e apreço, são milhares de heróis em silencio", destaca Guilherme. O BRIC, nome correto do produto, significa Bolha de Respiração Individual Controlada e resultou em um convite fora da engenharia.

"Fui convidado a fazer um doutorado no departamento de pneumologia da faculdade de medicina da USP e estou trabalhando em outro projeto vinculado a pneumo. De resto, voltei à minha rotina com desenvolvimento de máquinas e projetos para os mercados que já atendíamos".


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27.Março.2021

Pandemia muda o mercado de trabalho

trabalho


e as expectativas para o setor, afetado pelas medidas de contenção do vírus desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

De uma hora para outra, os países tiveram de adotar medidas de restrição e impor o isolamento social à população, a fim de frear o avanço do vírus. As pessoas foram obrigadas a permanecer em casa e sair apenas para realizar atividades essenciais, como fazer compras e ir ao hospital. E a máscara, item que não fazia parte do nosso dia a dia, passou a nos acompanhar em todos os lugares.

Devido à necessidade de se evitar aglomerações, as lojas tiveram de fechar as portas por tempo indeterminado, afetando seriamente o setor de comércio e serviços e acarretando em prejuízos inimagináveis. Até a famosa Rua 25 de março, na capital paulista, sempre lotada, ficou vazia, assim como shoppings em todo o país.

Só foi permitido o funcionamento de serviços considerados indispensáveis, como farmácias e supermercados. E restaurantes só puderam atender os clientes através do sistema de delivery. Neste cenário de recessão global, o número de demissões teve alta.

Ajuda não foi suficiente

Aqui, no Brasil, nem mesmo o pacote de ajuda do governo para as empresas foi suficiente para evitar a taxa recorde de desemprego: entre maio e junho do ano passado, o país registrou uma alta de 35,9%. Vale mencionar que o setor de comércio e serviços era o que mais empregava e, consequentemente, o que mais demitiu no período da pandemia.

Em vista desta situação, as pessoas têm buscado alternativas para se recolocar no mercado de trabalho. Há quem voltou a estudar – começou a aprender um novo idioma ou iniciou uma pós-graduação, por exemplo – e também quem decidiu mudar totalmente os rumos da carreira, se baseando em um teste vocacional e de olho nas oportunidades que podem surgir no pós-pandemia.

Uma pesquisa feita pelo instituto McKinsey prevê que mais de cem milhões de pessoas podem mudar de emprego até 2030. Com a chegada da vacina e o avanço da imunização contra a Covid-19, a expectativa é de que o mercado de trabalho volte a contratar.

A tendência é de que os novos padrões de consumo impostos pela pandemia permaneçam e sejam incorporados de vez pelo setor de comércio e serviços, que vai exigir mão de obra qualificada para as novas funções. Assim como as empresas tiveram de se adaptar aos novos tempos com uma boa dose de inovação e criatividade, os profissionais em busca de recolocação também o farão.


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